A British Airways teve um crescimento em 1% do tráfego de passageiros (em RPK = passageiros x quilómetros) no mês de Julho, que é o primeiro aumento desde Fevereiro de 2008 não induzido por efeitos de calendário (Páscoa mais cedo este ano), mas admite forte pressão sobre as receitas, designadamente porque a procura das classes de maior tarifa continua em queda.A informação divulgada hoje pela British Airways sobre a evolução em Julho indica que o crescimento do tráfego se deu pelo aumento em 3,5% nas tarifas das classes de turística, enquanto nas tarifas premium (executiva e primeira) teve uma queda em 11%.A companhia comenta, aliás, que embora note uma estabilização do tráfego em volume e a nível das taxas de ocupação e perspective até uma melhoria no trimestre em curso, os yields (receita por passageiro x quilómetro) “continuarão sob pressão”, por redução das sobretaxas de combustível e “mudanças” no mix, ou seja, por transferência de tráfego das tarifas premium para as de turística.Este quadro já foi, aliás, uma das causas apontadas pela British Airways para os prejuízos no trimestre de 1 de Abril a 30 de Junho, no qual teve uma queda das receitas de tráfego de passageiros em 12,5% face a uma queda do tráfego em 3,2%, com uma redução do número de passageiros embarcados em 3,8%, para 8,446 milhões (clique para ler: British Airways perde 124 milhões no 2º Trim / Proveitos operacionais baixam 323 milhões).A perspectiva de uma melhoria do tráfego, por outro lado, tem que ser relativizada, uma vez que as comparações com 2008 vão ser progressivamente com um quadro de mercado já com sinais de crise, como o evidencia o facto de em Julho de 2008 a companhia já indicar uma queda do tráfego em 3,5% face a 2007.A informação relativa a Julho passado indica que o aumento do tráfego face a 2008 se deu apesar de uma queda do número de passageiros transportados em 1,2% ou cerca de 38 mil, para 3,21 milhões, com o qual, nos sete meses de 2009 tem uma queda do número de passageiros transportados em 4,8% ou quase 950 mil, para aproximadamente 18,8 milhões.Em tráfego (passageiros x quilómetros), a queda nos sete meses é de 3,5%, o que mostra a tendência dos passageiros da British Airways para fazerem voos mais longos.O balanço de Julho indica também que neste mês a British Airways conseguiu um subida de 3,1 pontos da taxa de ocupação, para 84,6%, porque o crescimento do tráfego ocorreu face a uma redução de capacidade de 2,7%.A companhia informou que essa subida da taxa de ocupação em Julho foi extensiva a todos os segmentos de rede, com aumentos em 2,2 pontos, para 80,6%, nos voos intra-europeus, em 5,4 pontos nas ligações com o continente americano, para 87,5%, 1,2 pontos nas ligações com Ásia e Pacífico, para 88,7%, e 0,9 pontos nos voos de e para África e Médio Oriente, para 79,4%.As subidas nos voos intra-europeus e nas ligações com Ásia e Pacífico ocorreram pelas reduções de capacidade, respectivamente em 4,5% e em 11,6%, uma vez que também registaram quedas da procura, em 1,8% e em 10,4%, respectivamente.Nos voos transatlânticos a subida da ocupação deu-se por aumento da procura em 3,8% e redução da capacidade em 2,6%, enquanto nas ligações com África e Médio Oriente se deu pelo aumento do tráfego em 7,6%, que superou o aumento de capacidade em 6,4%.Para os 4 meses de Abril (início do exercício fiscal 2009/2010) a Julho, a British Airways indica que tem uma queda média do tráfego em 2,1%, com uma redução do número de passageiros transportados em 3,1%, para 11,656 milhões, face a um corte de capacidade de 3%.A taxa de ocupação média nos quatro meses tem assim uma subida de 0,8 pontos face ao período homólogo do exercício 2008/2009, para 79,4%.Os dados publicados mensalmente pela companhia permitem estimar que nos primeiros sete meses de 2009 o tráfego tem uma queda de 3,5% face a uma redução de capacidade de 3,2%, o que leva a uma queda da taxa de ocupação na ordem dos 0,2 pontos, para cerca de 76,6%.
De> PressTur
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