quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Perda das aéreas norte-americanas é de US$ 1,7 bi

SAN JUAN (PORTO RICO) – A edição 2009 da La Cumbre iniciou suas atividades com um tom não muito otimista. Apesar dos jornais americanos já nomearem o atual momento como uma fase pós-recessão, a primeira apresentação no ciclo de seminários do evento mostrou que as perdas, especificamente para as companhias aéreas, foram grandes e que a recuperação não virá neste ano. O responsável pelo estudo feito com as principais companhias aérea dos Estados Unidos foi Pete Garcia (foto), da consultoria Pete Garcia International.Com ampla experiência no setor de aviação, dedicando boa parte de sua carreira na direção da Continental Airlines, Garcia anunciou que de acordo com o estudo feito por sua consultoria a perda total das companhias analisadas foi de US$ 1,7 bilhões. O resultado foi devido não apenas à diminuição da demanda, mas principalmente à redução das tarifas. “O valor médio dos bilhetes aéreos caiu em 18%”, anunciou Garcia.A apresentação mostrou ainda que as companhias consideradas low cost foram as que menos sofreram com a recessão no primeiro semestre deste ano. “O principal motivo é que a queda mais expressiva foi do mercado de viajantes corporativos. As companhias de baixo custo têm o seu negócio voltado quase que 100% para o mercado de lazer”, disse.Na relação das companhias analisadas por Garcia, apenas a Airtran e a Jet Blue apresentaram resultados positivos no primeiro trimestre deste ano quando comparado com o mesmo período de 2008. A Airtran cresceu no período 5,3% e a Jet Blue 3,5%. A Delta e a US Airways tiveram as maiores quedas, com resultado negativo de cerca de 10%. As demais companhias apresentaram diminuição nos resultados de: 3,4% - Alaska; 3,9% - South West; 4,5% Continental, 7,5% - American Airlines e 7,9% - United Airlines. Um dos dados revelados pelo estudo mostra que as companhias aéreas seguraram os seus gastos e investimentos e, consequetemente, apresentaram no primeiro semestre um crescimento de 11% no volume de liquidez quando comparado com o primeiro semestre do ano passado. “As companhias reduziram seus custos brutalmente e estão guardando dinheiro, já que não sabem o que virá pela frente. A principal redução foi no gasto com pessoal”, afirmou.

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