Barioni falou em chat especial a internautas do G1, com o tema "Empresas e soluções para a crise".
O executivo diz que o preço das passagens no Brasil já vem caindo, mas que, para que caia ainda mais, é necessário aumentar a oferta e demanda. "Só 8% da população brasileira voam. Na Argentina, esse número chega a 35%", diz ele.
Para Barioni, porém, o país precisa de infraestrutura, como mais pistas de pouso e decolagem e aeroportos. "Sem mais aeroportos, não conseguimos embarcar mais passageiros."
Ele diz que o mercado doméstico de aviação no Brasil cresce a uma taxa de entre 7% e 10% ao ano.
Barioni disse, porém, que neste ano não há previsão de admissão de novos pilotos na TAM. "Estamos com a frota completa", disse ele.
Voos internacionais
O executivo da TAM falou ainda sobre os descontos autorizados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para os preços de voos internacionais.
Essas passagens tinham antes um piso, preço abaixo do qual não podiam ser vendidas no Brasil, que foi sendo reduzido aos poucos. A política servia como uma espécie de proteção às empresas nacionais contra a competição das aéreas estrangeiras.
"A desvantagem para nós é que temos essa carga tributária imposta pelo país e fica difícil concorrer com empresas estrangeiras que pagam menos impostos", diz Barioni. Ele citou que empresas dos EUA pagam até 7 pontos percentuais menos de impostos que empresas do Brasil, enquanto para empresas do Chile essa diferença chega a 17 pontos percentuais.
De acordo com o executivo, os descontos autorizados pela Anac já fizeram com que algumas rotas não fossem consideradas atraentes pela TAM. "Já cancelamos alguns vôos diurnos de Miami e outros para Europa e África", disse ele.
Respondendo a um leitor que questionou se a TAM lançaria voos ligando cidades como Brasília e Belo Horizonte, fora do eixo Rio-São Paulo, ao exterior, Barioni disse que não há hoje passageiros suficientes para sustentar essas rotas. "Essas rotas não são rentáveis pelos dados de hoje", diz ele.
Estratégia
Respondendo à pergunta de um leitor que queria saber se a TAM vai reduzir serviços de bordo ou cobrar por eles, como fazem outras aéras, Barioni disse que não. "Nós respeitamos essa estratégia, mas não é a nossa estratégia", afirmou ele.
De acordo com o executivo, a TAM aposta em outras fontes de receita, como a agência de viagens da marca e o programa Multifidelidade. "As aéreas procuram atividades adjacentes", diz ele. "Essas atividades já são uma fonte relevante de receitas."
Segundo Barioni, o programa Multifidelidade permite usar e acumular pontos em vários parceiros da TAM, como Wal-Mart e Americanas.com. "Quando se pega todas as atividades de uma pessoa, essa gama de consumo pode gerar pontos" que podem ser trocados por eletrônicos e computadores, por exemplo, diz o executivo.
de> g1.globo.com
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