Novo Hamburgo - O comandante da empresa que mais cresceu no mundo com 1 milhão de passageiros em oito meses, Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Régis da Silva Brito, sugeriu – durante uma visita a Novo Hamburgo na última semana – que o município hamburguense deveria ter um aeroporto regional. Morador de Montenegro, Brito esteve na cidade acompanhado do sócio-fundador da empresa aérea, David Neeleman. Melhor logística, evitando o caos da BR-116, para quem precisa o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e crescimento da economia da região são aspectos citados para o investimento. Seu comentário, no entanto, embora agrade a área empresarial, esbarra em algumas situações técnicas e financeiras apontadas pela prefeitura, pelo Departamento Aeroportuário do Estado da Secretaria Estadual de Infraestrutura e presidencia do Aeroclube de Novo Hamburgo. Britto diz que o primeiro passo para a ideia decolar seria a criação de uma comissão de entidades empresariais interessada em formatar um plano de ação e apresentá-lo a uma representação política que possa levá-lo à esfera federal. Somado a isso, a comunidade deveria se conscientizar da necessidade e importância e, com isso, os municípios do Vale do Sinos unirem-se em torno do projeto. O prefeito Tarcísio Zimmermann também cita a proximidade e a complexidade de instituir um aeroporto como impeditivos. "É algo desejável, mas não é provável de acontecer, pois envolve estudos técnicos complexos e o Município não tem condições financeiras de bancar", acrescenta. O engenheiro do DAE, Fernando Cavalcanti Bizarro, relata que conforme o Plano Aeroviário do Estado do Rio Grande do Sul (Pargs), feito em 2003, Novo Hamburgo foi selecionada para compor a Rede Estadual de Aeroportos devido ao alto potencial sócio-econômico apresentado no contexto estadual. No entanto, face à proximidade com Porto Alegre, não está prevista a operação de tráfego regular no Município. "Novo Hamburgo está há 40 quilômetros da capital e o que pode determinar o investimento de um aeroporto é demanda regular de passageiros, mas não tem sentido investir milhões tão próximo de Porto Alegre", acrescenta Bizarro.
de> Diário de Canoas
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