Pedro Fortes, presidente do Conselho da ABIH-RJ, publica artigo sobre a questão da Anac estar liberando voos de todas as companhias para o Santos Dumont. Confira na íntegra:
"A Agência de Aviação Civil (Anac) está liberando todas as companhias aereas a transferirem seus voos domesticos do Aeroporto Galeão para o Santos Dumont. Assim, desde sexta feira 19/03/09, a Azul começou a rota Rio x Campinas com 7 frequencias diarias aprovadas.
A Tam solicitou(e vão ser liberados) voos para Recife, Salvador e Curitiba Brasilia, Belo
Horizonte e Vitoria num total de 34 voos diarios. Em seguida virá a Webjet com pedidos (serão aprovados) de 12 voos para Brasilia, Belo Horizonte e 7 outros destinos a serem definidos. A Ocean AIr terá 7 para Belo Horizonte e São Paulo. A Gol terá 32 outros para Brasilia, Belo Horizonte e São Paulo.
Todos estes voos sairão do Galeão e somam 92 frequências diárias (por enquanto). O que as pessoas não sabem é que mais da metade dos passageiros que hoje chegam ao Galeão pelos vôos internacionais tem destino final em outras cidades dos Brasil.
Ao retirarem estes vôos domésticos do Galeão, automaticamente a Tam e as companhias estrangeiras irão cancelar seus vôos internacionais devido à falta de conexão entre as cidades de origem internacional e os destinos domésticos.
Então esta liberação da Anac vai "matar" o Galeão de duas maneiras, pois os voos domesticos irão para o Santos Dumont e os internacionais irão para Guarulhos - depoimento do sr. Nelzon Shinzato - diretor de planejamento de rotas e malhas da Tam (não será surpresa se uma parte deles for para Brasília, atualmente o aeroporto com maior números de vôos domésticos no pais).
Isto vai acontecer aos poucos e, quando a sociedade acordar, já será tarde; o Galeão não terá mais vôos internacionais e será muito difícil de reverter.
Grande parte da sociedade do Rio de Janeiro aprovou estas transferências por desconhecimento destas informações. (acerca da conectividade).
Amigos, já vimos este filme acontecer antes, pois até 2004 os vôos domésticos saiam do Santos
Dumont e foi a pior fase do Galeão, quando transitavam somente 3,5 milhões de passageiros/ano(a capacidade do Galeão é de 15 milhões e em 2008 foram 11 milhões), os empregos gerados reduziram de 20.000 para 6.000, os únicos vôos internacionais eram os da Varig e parecia um tumulo.
Lembro-me de se cogitar em usar somente o terminal 2 e transformar o uso do terminal 1 para uma Universidade (e isto na maior e melhor instalação aeroportuária do hemisfério Sul). Assim, estaremos assistindo a morte do Galeão e o Rio de Janeiro (até agora uma cidade internacional) perder o seu aeroporto internacional".
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